Com a necessidade de manter o distanciamento social, por conta da COVID-19, o ensino universitário se viu diante da necessária releitura das práticas educacionais, que já clamavam por mudanças. Em curto período, professores e alunos universitários precisaram se adaptar ao novo modelo de ensino: o remoto. Diante desta realidade, este ensaio teórico objetiva debater sobre o impacto da COVID-19 no ensino e na saúde do professor universitário. Com base na literatura constataram-se consequências que a pandemia trouxe para a sociedade e, sobretudo, para a educação, impactando na saúde física e emocional dos professores universitários, seja por meio da intensificação do trabalho, aumento da monotonia, riscos ergonômicos, conturbação entre espaço pessoal e laboral, etc. As fragilidades da educação são expostas, impondo incertezas e desafios. Assim, frente a tantas mudanças (im)postas à educação superior, reformulações relacionadas ao trabalho são inevitáveis. Por outro lado, nessa “nova” lógica conferida, acredita-se na promoção de um processo de ensino-aprendizagem mais criativo, reflexivo, dialógico e emancipatório, seja na modalidade presencial ou remota. Então, apesar de todas as mazelas vivenciadas por conta da COVID-19, inclusive relacionadas ao ensino e a saúde dos que ensinam, não se pode recusar os potenciais conhecimentos e aprendizados decorrentes.