O magistério do homem na educação infantil é um fenômeno recente e polêmico, especialmente no Brasil, causando tensões e conflitos entre os atores educacionais. Essa realidade motivou a realização desta pesquisa de campo com a finalidade de conhecer as representações sociais do ser docente masculino da comunidade escolar de uma pré-escola situada em Manaus/Amazonas. Para isso, foi aplicado o questionário e a entrevista situacional a um grupo constituído por pais, mães e professores da instituição. As informações obtidas foram submetidas ao método análise de conteúdo, e analisadas pela Teoria das Representações Sociais. Os resultados indicavam que a maioria dos participantes não admitia à docência masculina na pré-escola, esse posicionamento era norteada pelas representações de ser docente objetivadas na figura de um ser inapto, imprevisível e despreparado para o serviço educacional com o público infantil, sendo ancoradas na desconfiança de sua qualificação docente para atuar como professor, o questionamento de suas competências profissionais e a suspeita da possibilidade de práticas de atos implícitos contra as crianças. Portanto, o trabalho evidenciava a necessidade de intervenções formativas para a rupturas de distorções, discriminações e estereótipos que dificultavam a admissão da docência masculina no segmento infantil na região.