O desenvolvimento das pedagogias críticas da educação física escolar nos últimos 40 anos evidencia o compromisso de professores/as e pesquisadores/as com a temática da justiça social. Há proposições de práticas pedagógicas comprometidas com o combate à colonização dos currículos, desigualdades sociais, intolerância, racismo, machismo, xenofobia, capacitismo, homofobia e outras formas de opressão. Este trabalho investigou estas temáticas em teses e dissertações de mestrado produzidas em programas de pós-graduação nacionais, nos últimos cinco anos, buscando mapear diálogos dessa produção com o cotidiano escolar. Trata-se de revisão bibliográfica integrativa que resultou na seleção de 63 pesquisas, cujos títulos e resumos foram tratados por análise de conteúdo temático e apresentados de forma descritiva. A análise dos dados evidencia que a produção de conhecimento nos programas de pós-graduação se articula à busca de pedagogias voltadas para estudos críticos sobre saúde e padrões de beleza; relações étnico-raciais indígenas e negras, direitos e inclusão de pessoas com deficiência; saberes de grupos socialmente marginalizados; práticas corporais inclusivas; questões de gênero e sexualidade. Conclui-se que a justiça social é tema emergente na produção acadêmica da área, podendo inspirar programas de formação e intervenção dos/as professores/as condizentes com o marco referencial das pedagogias críticas.