Desde a década de 1980, sob a influência dos Estados Unidos e do mundo anglo-saxão, as políticas internacionais têm colocado grande ênfase na formação da força de trabalho de ensino escolar obrigatório, vista como capital humano a ser colocada a serviço das economias nacionais em um contexto de concorrência global desenfreada. A formação de pessoal tem sido, portanto, sujeita às mesmas reformas em quase todos os lugares: alongou e tornou-se universitária, tornou-se mais profissionalizada com o desenvolvimento de sua parte prática (estágios) e o uso de referenciais de competência, ao mesmo tempo em que se inscreve no modelo do docente como prático reflexivo e autônomo. No entanto, quarenta anos depois, essas reformas de formação não parecem ter rendido os resultados esperados e muito poucos são os países em que os professores se sentem satisfeitos com sua formação. De plus, há quase dois anos, a pandemia global Covid 19 interrompeu profundamente o trabalho dos professores, questionando ao mesmo tempo a capacidade de sua formação de prepará-los para tal situação de crise. Ao mesmo tempo, essa crise pode ser uma oportunidade de repensar, com a ajuda dos professores, sua formação, a fim de ancorá-la aos desafios atuais e futuros da educação contemporânea.