A pandemia de Covid-19, revirou cotidianos e dissolveu rotinas. Dentre as medidas adotadas no Brasil desde o início da pandemia, o fechamento das escolas e universidades de todo o país para o ensino presencial está entre as mais impactantes. Partindo desse contexto engendrado pelo vírus e pela conduta desastrosa dos governos no enfrentamento da crise, é possível dizer que a cadeia de acontecimentos gerada pelas tentativas paliativas de frear a pandemia gerou (e continua gerando) consequências difíceis de serem mensuradas, especialmente quando seguimos no contexto pandêmico. Entretanto, apesar de ainda estarmos vivenciando essa emergência sanitária, não é leviano afirmar que o contexto virulento que estamos vivendo contribuiu para alargar ainda mais os abismos das desigualdades sociais e que os efeitos do fechamento das escolas para o ensino presencial sobre a educação formal brasileira contribuíram também para escancarar os problemas que a escola vem arrastando e ressignificando há décadas. Postas essas circunstâncias, esta breve comunicação busca fazer o exercício de pensar as vivências pandêmicas sob o olhar produzido a partir das diferentes virulências experenciadas pelas autoras, que vivenciaram o impacto do isolamento social através de várias lentes: de mães de crianças em idade escolar, de professoras e também estudante de pós-graduação.