Trata-se de estudo que abordou as relações entre formação de Pedagogos/as e Educação Sexual. O tema é complexo, multidimensional e necessita ser adequado à fase de desenvolvimento dos educandos, portanto, os docentes necessitam de formação inicial e continuada. O estudo é parte de uma pesquisa mais ampla (MALAGI, 2020), de abordagem qualitativa (FLICK 2009; MINAYO, 2016), do tipo bibliográfica e documental e analisou os currículos dos 118 cursos de Licenciatura em Pedagogia oferecidos por 93 Universidades Públicas Federais brasileiras. Buscou por componentes curriculares (CCRs) ligados à formação docente para a Sexualidade. Identificou-se 103 CCRs, cujos ementários e referências proporcionaram uma classificação inicial em CCRs de conteúdo específico (N=55/53,4%) e misto (N=48/46,6%). De modo mais específico a natureza dos conteúdos recaiu nas categorias Gênero (N=58/56,3%), Educação Sexual (N=27/26,2%), Currículo (N=16/15,5%) e Formação de Professores (N=2/2%). Somam-se a estes, dados do INEP (2019) quanto aos 8.801 pedagogos/as formados em 2018, dos quais, pouco mais de metade (N=4.753/54%) receberam alguma formação sobre o tema, seguindo alheia a este debate uma parcela significativa de pedagogos/as (N=4.048/46%). Os dados são relevantes e justificam a prioridade desta temática na agenda nacional sobre pesquisa e formação docente para os anos iniciais.