Este trabalho integra uma pesquisa interinstitucional em andamento, envolvendo grupos de pesquisa de três universidades públicas brasileiras, e objetiva investigar, por meio da pesquisa-formação (JOSSO, 2006), as possibilidades e os desafios da indução entre pares para o (re)agir de professores em relação às dificuldades que afetam a docência nos primeiros anos de exercício profissional. Sustenta-se no referencial teórico que discute a indução profissional docente na perspectiva de acompanhamento intencional de professores em inserção na docência (CRUZ, FARIAS E HOBOLD, 2020; MARCELO, 2009; 2010) e ancora-se na perspectiva narrativa enquanto atividade (auto)biográfica (DELORY-MOMBERGER, 2012), assumindo relatos escritos e orais como estratégia de formação e de (trans)formação dos sujeitos: quinze professores iniciantes na rede pública de educação básica, cinco pesquisadoras da universidade, também professoras da educação básica com mais tempo na docência e quatro licenciandos que atuam como extensionistas. Quinzenalmente, em sete encontros virtuais de formação, foram discutidas questões de inserção que emergiam do coletivo. Não se pretendia apontar soluções para as questões levantadas, mas problematizá-las coletivamente, a fim de propiciar subsídios teórico-práticos para a construção de formas de enfrentamento. À guisa de conclusão, levanta considerações que possibilitam pensar a pesquisa-formação como alternativa de acolhimento e ações de indução entre pares.