A comunicação objetiva relatar a experiência de uma escola localizada na cidade de São Paulo, que teve o contato presencial com estudantes e famílias suprimido repentinamente diante da pandemia de Covid-19 e as ações oriundas de um trabalho pautado em diálogos e escutas dos sujeitos da comunidade escolar por meio de ligações telefônicas. O relato trará uma contradição daquele momento, que foi o incentivo ao uso das tecnologias, especificamente o uso da internet e de salas de aulas virtuais como suportes para o desenvolvimento do trabalho no ensino remoto sem favorecer, primeiramente, uma escuta dos interlocutores que se valeriam desses meios.Também abordará momentos em que silêncios, escutas e diálogos foram fundamentais para o planejamento das atividades com a comunidade escolar,tais como: ações solidárias, encaminhamentos para atendimentos de especialistas para crianças que enfrentavam sofrimento, subdivisão das turmas em grupos de tutoria e uso de aplicativos de mensagens como meios de comunicação prioritários. As ações desenvolvidas possibilitaram concluir que os silêncios, as escutas e os diálogos entre escolas, famílias e crianças contribuíram para a continuidade do trabalho durante a pandemia e possibilitaram a elaboração de um mapeamento de dados pautado na realidade em que a escola está inserida.